Quantcast
Channel: Academia Internacional de Cinema (AIC) » News
Viewing all 104 articles
Browse latest View live

GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO – ACADEMIA INTERNACIONAL DE CINEMA

$
0
0
GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO – ACADEMIA INTERNACIONAL DE CINEMA

O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro aconteceu na noite de 04 de outubro, numa cerimônia realizada no Theatro Municipal, e a Academia Internacional de Cinema (AIC) festejou com a premiação de Melhor Som para Rodrigo Noronha, professor da AIC, juntamente com Bruno Fernandes, responsáveis pelo som de “Chico – Artista Brasileiro”.

Chico - Foto: Divulgação

Chico – Foto: Divulgação

E por uma feliz coincidência três professores da AIC, todos do mesmo curso, concorriam ao mesmo prêmio de Melhor Som, além de Rodrigo, estavam indicados à categoria: Pedro Lima, por “Chatô, o Rei do Brasil” e Waldir Xavier, por “Casa Grande”.

Conheça mais sobre o Curso de Som para Cinema e TV.

PROFESSORES

Rodrigo Noronha além de professor, é formado em Engenharia de Áudio, participou da montagem e implementação dos Estúdios Mega (RJ). Foi indicado 07 vezes e vencedor 02 vezes (com “Cazuza” e “O Homem do Futuro”) do prêmio ABC de melhor som para longa metragem.

Chatô - Foto: Divulgação

Chatô – Foto: Divulgação

Pedro Lima é editor de som, mixador e produtor de som. Começou estudando Biologia na USP, mas desistiu quando iniciou um estágio na produtora de som Play It Again. Tem experiência em mixagem, masterização, finalização, edição, criação de sons e atua na área de cinema há 20 anos, possui mais de 60 filmes no currículo.

E Waldir Xavier estudou Jornalismo, Filosofia e formou-se em Cinema na Universidade Paris VII, na França. Assinou a edição de som de mais de 60 longas-metragens. Como editor de som, Waldir Xavier recebeu três vezes o prêmio de melhor som no Festival de Havana, Cuba. Além de professor, é também coordenador do Curso de Som para Cinema e TV, da AIC.

Além de Waldir Xavier, outros professores da AIC também participaram do filme “Casa Grande” por trás das câmeras: Clara Linhart , 1ª Assistente de Direção do diretor Fellipe Barbosa e coprodutora do filme; Ana Paula Cardoso assina a Direção de Arte; e Amanda Gabriel produtora do elenco e quem preparou os atores do longa.

OS FILMES

“Chico – Artista Brasileiro” é um documentário sobre um grande personagem da cultura brasileira nos últimos 50 anos, autor, dramaturgo e compositor de uma extraordinária coleção de canções que habitam o imaginário coletivo do país, Chico Buarque dialoga com a própria memória neste filme de Miguel Faria Jr. O longa tem como um dos eixos a descoberta do irmão alemão de Chico.

Chatô é a cinebiografia de Assis Chateaubriand, controverso magnata das comunicações e sua trajetória, baseada no livro e

Chatô - Foto: Divulgação

Chatô – Foto: Divulgação

apadrinhada por Fernando Morais. “O Guilherme (Fontes) não quis fazer uma biografia típica então usou da linguagem cinematográfica para fazer uma espécie de fábula, a meu ver. O filme se passa sobre reflexões que ele tem em seu leito de morte onde, invariavelmente, paramos para fazer um “balanço” sobre nossas vidas. Ele começa a se questionar por todas coisas que fez e, como num lapso de consciência pesada, se põe em julgamento – mas um julgamento maluco, no estilo programa de auditório, que ele adorava. Chatô foi uma pessoa extremamente controversa, fez tanto “bem” quanto “mal”, foi gentil e cortês e tirano, fez coisas extremamente construtivas e outras bem destrutivas. Manipulou Getúlio Vargas, fez alianças escusas e também criou em São Paulo o fabuloso MASP. Enfim, um personagem que marcou a história do Brasil, teve relevante importância e que não teria como passar despercebido” relata Pedro.

Casa Grande - Foto: Divulgação

Casa Grande – Foto: Divulgação

“Casa Grande” conta a história conta a história de um adolescente que luta para escapar da superproteção dos pais, secretamente falidos. Jean, um menino de 17 anos, que vive num condomínio de classe alta da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro e que sonha em ter liberdade e independência. Graças à falência de seu pai, ele pode andar de ônibus pela primeira vez e isso lhe abre os olhos para um novo mundo que está fora das grades do condomínio. No ônibus, ele conhece Luiza, estudante politizada do Colégio Pedro II, por quem se apaixona.

O FESTIVAL

O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é uma premiação nacional pela Academia Brasileira de Cinema e concedida ao melhor filme estrangeiro e aos melhores do cinema brasileiro em várias categorias. E para homenagear Grande Otelo, esse prêmio recebeu seu nome.

O GP se diferencia dos demais em sua premiação. Nele, a votação nos melhores trabalhos é feita pelos profissionais do cinema, uma forma de a própria classe celebrar seu trabalho e valorizar seus talentos.

 

 


CICLO DE 10 – 2016

$
0
0
CICLO DE 10 – 2016

Está chegando o Ciclo de 10! Uma seleção dos 10 melhores filmes produzidos pelos alunos do Filmworks, o Curso Técnico em Direção Cinematográfica da Academia Internacional de Cinema (AIC),  ao longo do ano. A edição deste ano acontece no dia 22 de outubro, sábado, no Cine Reserva Cultural e é uma das oportunidades dos alunos exibirem seus trabalhos. A mostra é aberta ao público e tem entrada franca.

Confira a programação, as sinopses e não deixe de prestigiar os trabalhos dos alunos!

PROGRAMAÇÃO
Sessão 01 – com início às 09h30

- Sr. Peixoto

Na ausência do Sr. Peixoto, Mariana é testada e procura se sair bem em sua entrevista de emprego. Ou será que é Roberta quem está sendo testada?

Direção: Gustavo Campos

Filme: Meire Teve um Sonho Estranho

Filme: Meire Teve um Sonho Estranho

- Meire Teve um Sonho Estranho

Meire é uma manicure que mora na Zona Leste de São Paulo. Ela é casada
com Herculano e vive uma vida pacata, mas tudo vira de cabeça para baixo após ela sonhar com uma zebra. Perseguida pelo animal, Meire toma uma decisão drástica que impactará sua vida e fará com que ela mude para sempre.

Direção: Matheus Caetani Candido

- Retratos do Teu Rosto

Teus olhos grandes, redondos e pretos. Tempos depois ainda ficavam pregados em mim… Como botões.

Direção: Marco Aurélio Paiva

Filme: Duas Cerejas

Filme: Duas Cerejas

- Duas Cerejas

Luto e liberdade. Dois lados da mesma moeda.

Direção: Rafael Almeida Silva

- Maré de Olhares

Uma jornalista enfrenta o médico que acabou com sua vida.

Direção: Priscila Reigada Coutinho

- Pontos de Vista

Filme: Pontos de Vista

Filme: Pontos de Vista

Charlie possui o pescoço torto, mas pensa que é reto, então sente a necessidade de desentortar o mundo ao seu redor.

Direção: Isa Meneghini

 

Sessão 02 – com início às 11h

- Hora Extra

João está preso no escritório onde trabalha, sempre que dá 18h o tempo volta para 9h, e ele busca uma maneira de escapar disso.

Direção: Adriano Cardoso

-  ORODETOLO

Acabou o milho, acabou a pipoca.

Direção: João Gabriel Vasconcellos

- Tempos de Cão

Em uma São Paulo inabitada, personagens reais resistem à extinção iminente e a falta d’água.

Direção: Ronaldo Dimer e Victor Amaro

Filme: Lavanderia Flórida

Filme: Lavanderia Flórida

-  Lavanderia Flórida

Entre vidas e roupas, sobrevive o cotidiano de uma lavanderia.

Direção: Aline Medeiros

SERVIÇO

Ciclo de 10

Dia 22/10 a partir das 9h

Cine Reserva Cultural

Endereço: Av. Paulista, 900 – Bela Vista – São Paulo – SP

PRODUTOR RODRIGO TEIXEIRA EM PALESTRA ESPECIAL NA AIC

$
0
0
PRODUTOR RODRIGO TEIXEIRA EM PALESTRA ESPECIAL NA AIC

Quem nunca viu ou ouviu falar em “Alemão”, “Tim Maia”, “Heleno”, “O Cheiro do Ralo” e o americano “A Bruxa”? Rodrigo Teixeira é o responsável por suas produções. À frente da RT Features, ele tem atuado em duas frentes, tanto no Brasil como na cena independente nos Estados Unidos e a AIC vai oferecer duas palestras gratuitas com o produtor, uma no Rio e uma em São Paulo.

Para participar basta preencher o formulário abaixo e chegar com antecedência, pois as vagas são limitadas.

UNIDADE SÃO PAULO

16 de novembro, às 19h na Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142, Higienópolis.

Desculpe! Este formulário não aceita mais envio de dados.

 

UNIDADE RIO DE JANEIRO

17 de novembro, às 19h na Rua Martins Ferreira, 77 – Botafogo, próximo à Cobal do Humaitá.

Desculpe! Este formulário não aceita mais envio de dados.

 

Carioca, Rodrigo se interessa por cinema desde cedo. Conta que sua mãe o incentivava a ver filmes clássicos quando era jovem, e isso o influenciou bastante, fazendo com que quisesse trabalhar com aquilo. Desde os 10 anos, já ia ao cinema sozinho, e dos anos 80 viu praticamente tudo. O primeiro diretor que o influenciou foi Steven Spielberg, era fã de seu trabalho. Mas para chegar aonde chegou, Rodrigo trilhou um caminho longo. Mesmo estando na área do cinema há 20 anos, afirma que nos primeiros 10 não produziu nada. Conseguiu alguma credibilidade quando fez Mercado Editorial e um dos seus projetos chamou a atenção da Família Barreto, em troca, pediu apenas que o apresentassem efetivamente ao mundo cinematográfico.

Esse é só o começo, ainda tem muita história pra contar! Para conhecer mais, só participando da palestra.

Fundador da RT Features, Rodrigo produziu vários longas, as séries “O Hipnotizador” (para a HBO Latin America), “Amor em Quatro Atos” (para a Rede Globo), entre outros. No mercado internacional, Rodrigo produziu os longas-metragens: “Frances Há” (indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme e Melhor Atriz em Comédia), dirigido por Noah Baumbach; “Night Moves” (com Jesse Eisenberg e Dakota Fanning); “Love is Strange” (com Alfred Molina e John Lithgow), dirigido por Ira Sachs; “Love”, de Gaspar Noé; “Mistress America”, repetindo a parceria com o diretor Noah Baumbach; e o recente sucesso mundial “Indie The Witch”, de Robert Eggers.

Em 2016, lançou os longas-metragens “Indignation”, de James Shamus, adaptação do livro homônimo de Philip Roth, e “Little Men”, nova parceria com o diretor Ira Sachs. No Brasil, estreia o novo filme de Marco Dutra, “O Silêncio do Céu”, com Carolina Dieckmann, Leonardo Sbaraglia e Chino Darín, produzido no Uruguai no ano de 2015 e “O Filho Eterno”, com direção de Paulo Machline, adaptação do romance de Cristóvão Tezza.

No próximo ano, o produtor irá lançar os filmes Animal Cordial, dirigido por Gabriela Amaral Almeida, Aurora, de José Eduardo Belmonte.

 

Foto: AIC/André Motta

Veja os professores da AIC premiados no Festival do Rio

$
0
0
Veja os professores da AIC premiados no Festival do Rio

Ontem, dia 16 de outubro, foram anunciados os ganhadores da 18ª Edição do Festival do Rio de Janeiro.

Filme: Demônia - Foto: Divulgação

Filme: Demônia – Foto: Divulgação

Demônia – Melodrama em 3 Atos” filme produzido por Roney Freitas, professor do curso Filmworks, com direção de Fernanda Chicolet e Cainan Baladez foi premiado com uma menção honrosa curta-metragem do júri, mas também o prêmio de melhor curta pelo voto popular.

 

Filme: Love Snaps - Foto: Divulgação

Filme: Love Snaps – Foto: Divulgação

 

O prêmio Felix, dedicado aos filmes com temática LGBT também tem professores da AIC. Levou o prêmio especial do júri, “Love Snaps” de Rafal Lessa, professor do Curso de Formação Livre em Roteiro e Daniel Ribeiro, que participou como professor convidado em uma das edições do curso.

A AIC parabeniza todos os ganhadores!

Professores e Ex-alunos na Mostra internacional de Cinema de São Paulo, confira a programação

$
0
0
Professores e Ex-alunos na Mostra internacional de Cinema de São Paulo, confira a programação

A 40ª Edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que tem início hoje, dia 20 de outubro, tem a presença de ex-alunos, alunos que acabaram de se formar, ex-alunos que se tornaram professores e até professores no júri, a Academia Internacional de Cinema (AIC).

Davi Mattos, ex-aluno do curso Filmworks, e o diretor Santiago Dellape são roteiristas do filme “A Repartição do Tempo”; tem o ex-aluno Germano Pereira, recém-formado no curso Filmworks, com seu filme “Somos Todos Estrangeiros”. Além deles, o professor Cristiano Burlan, também ex-aluno da AIC, que já esteve presente outras vezes na Mostra, apresenta nesta edição seu filme “No Vazio da Noite“, no qual assina a direção, produção e roteiro. O professor Waldir Xavier está na Mostra com dois filmes: “Redemoinho” de José Luis Villamarim no qual faz a Edição de Som e “Maresia” de Marcos Guttmann, no qual faz Montagem de Imagem e Edição de Som e o professor e crítico de cinema, Sérgio Rizzo, que mediará o debate sobre o filme “Persona”, de Ingmar Bergman, e, além disso, é membro do Comitê de Seleção da Mostra.

Veja onde e quando assistir aos filmes na programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo:

 OS FILMES
A REPARTIÇÃO DO TEMPO

Dirigido por Santiago Dellape com roteiro dele e de Davi Mattos, é uma comédia de ficção científica sobre viagens no tempo e burocracia. “O tema da burocracia é especialmente caro pra nós, já que tem muito a ver com Brasília, nossa cidade natal. O filme se passa inteiramente no REPI, o Registro de Patentes e Invenções, repartição fictícia que dá nome ao filme, onde inventores de araque sofrem para registrar suas invenções nas mãos de funcionários improdutivos e de um chefe incompetente que deve o cargo à influência política da mãe. Quando o Dr. Brasil (Tonico Pereira, em participação especial) tenta registrar sua máquina do tempo ninguém o leva a sério, mas isso muda quando Jonas, um dos funcionários (interpretado por Edu Moraes, premiado no Festival de Brasília deste ano) aciona a máquina acidentalmente. Por sorte, o paradoxo temporal criado pela viagem de Jonas ao passado acaba se resolvendo por conta própria, mas o incidente é percebido pelo tirânico Lisboa (Eucir de Souza), que decide usar a máquina para aumentar a produtividade da repartição. Lisboa elabora um plano para duplicar seus funcionários e aprisionar os duplos num bunker nuclear esquecido da época da ditadura militar. Para impedir Lisboa, Jonas conta apenas com a ajuda de seus preguiçosos colegas de trabalho, Carol e Zé (Bianca Muller e André Deca). O elenco também conta com participações especiais de Selma Egrei e Dedé Santana”, conta Davi. O filme “A Repartição do Tempo” é inspirado em filmes dos anos 80 como “Os Trapalhões”, em clássicos como “Os Goonies”, “Conta Comigo”, “De Volta para o Futuro”, o cineasta Santiago presta uma homenagem ao cinema de aventura e fantasia que marcou a década.

Filme: A Repartição do Tempo - Foto: Divulgação

Filme: A Repartição do Tempo – Foto: Divulgação

Esse é o primeiro longa em que Davi participa como co-roteirista e já conquistou prêmios no Festival de Brasília: de Melhor Ator, Montagem e Direção de Arte, e agora, foi selecionado para a Mostra. Davi diz que mandaram o filme para os principais festivais de cinema do país “e ficamos muito contentes com a notícia de que havíamos entrado na Mostra Internacional de São Paulo. É uma oportunidade sensacional de exibir o filme para um grande público e estamos loucos para ver como ele será recebido”. A distribuição ficará por conta da O2 Filmes, que com sua experiência será crucial para o lançamento comercial em 2017.

PROGRAMAÇÃO

Dia 22/10 – 21h20 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 02

Dia 23/10 – 13h30 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 05

Dia 01/11 – 13h30 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 06

 

Filme: Somos Todos Estrangeiros - Foto: Divulgação

Filme: Somos Todos Estrangeiros – Foto: Divulgação

SOMOS TODOS ESTRANGEIROS

É um filme dirigido e escrito por Germano Pereira, e tem como referência “O Estrangeiro”, romance de Albert Camus. Por isso, busca um tratado existencial e sensível do humano. E tem como produtor Rubens Ewald Filho.

PROGRAMAÇÃO

Dia 20/10 – 22h00 – Reserva Cultural 02

Dia 21/10 – 15h50 – Cinearte 02

Dia 25/10 – 17h20 – Cine Caixa Belas Artes – Sala 1 Vila Lobos

 NO VAZIO DA NOITE

O filme de Cristiano Burlan, com roteiro de Cristiano, Henrique Zanoni e Ana Carolina Marinho também professores da AIC conta a história de um personagem que atormentado pelos pensamentos que a insônia lhe provoca, faz uma vertiginosa viagem noite adentro, e vagueia pelas veredas de uma metrópole num caminho sem volta. Ele percorre uma jornada do verbo ao pó no vazio da noite paulistana. Como fugir desse lugar que afaga e abriga, ao mesmo tempo, em que dilacera?

Filme: No Vazio da Noite - Foto: Divulgação

Filme: No Vazio da Noite – Foto: Divulgação

Cristiano fala que o filme é, sobretudo, “um diálogo com a insônia, com uma noite solitária que também habita São Paulo”. Recorrente em seus filmes, a cidade de São Paulo está presente novamente, é quase uma obsessão, conta ele: “cada vez que retorno ao set, percebo que existe uma São Paulo que ainda não capturei”. Filmado em 04 dias, a estreia acontecerá na 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, mas em novembro, o filme participará da competição oficial do Festival FILMAR en América Latina, em Genebra – Suíça.

Participar da Mostra para Cristiano Burlan é sempre bom, “cresci acompanhando a Mostra de São Paulo, muitas projeções marcaram o meu olhar de forma indelével. Participar da Mostra é sempre estimulante, muitos filmes incríveis compõem a programação, sem falar do prazer que é exibir o filme em São Paulo”.

PROGRAMAÇÃO

Dia 26/10 – 21h40 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 02

Dia 29/10 – 15h40 – Reserva Cultural 02

Dia 31/10 – 17h45 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 01

É necessário comprar ingresso para as sessões.

 

Filme: Redemoinho - Foto: Divulgação

Filme: Redemoinho – Foto: Divulgação

REDEMOINHO

Filme de José Luis Villamarim, com roteiro de George Moura, e Edição de Som do professor Waldir, conta a história de dois amigos que nasceram em Cataguases, Minas Gerais, e passaram toda a infância juntos. Luzimar nunca saiu da cidade e trabalha em uma fábrica de tecelagem. Gildo foi para São Paulo onde acredita ter se tornado bem-sucedido. Na véspera de Natal, Gildo vai para Cataguases visitar sua mãe e acaba reencontrando Luzimar. Desse encontro, regado a muita bebida, lembranças, remorsos e rancores, duas vidas são reavaliadas. Depois de tudo, quem fez a melhor escolha: aquele que saiu ou aquele que ficou? Existe uma resposta correta?

PROGRAMAÇÃO

Dia 28/10 – 21h50 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 02

Dia 29/10 – 13h30 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 03

Dia 30/10 – 19h00 – Cinemateca – Sala BNDES

Filme: Maresia - Foto: Divulgação

Filme: Maresia – Foto: Divulgação

 MARESIA

Com Montagem de Imagem e Edição de Som do professor Waldir, o filme de Marcos Guttmann, com roteiro de Melanie Dimantas, Marcos Guttmann, Rafael Cardoso traz a história de Gaspar Dias, perito de arte especializado na obra de Emilio Vega, um pintor que morreu há 50 anos. A inesperada visita de Inácio Cabrera em busca de autenticidade para mais um quadro supostamente da autoria de Vega, de quem diz ter sido amigo na juventude, abala as convicções de Gaspar com revelações perturbadoras. Cabrera desmente várias ideias do especialista a respeito do artista, com informações de difícil comprovação. Afinal, quem é o verdadeiro Vega?

PROGRAMAÇÃO

Dia 23/10 – 21h45 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 01

Dia 24/10 – 16h30 – CINESESC

Dia 30/10 – 19h00 – Cinemark Cidade São Paulo

Filme: Persona - Foto: Divulgação

Filme: Persona – Foto: Divulgação

PERSONA

É um filme de um dos diretores mais influentes de todos os tempos, Ingmar Bergman e conta a história de uma atriz chamada Elizabeth que sofre uma crise emocional e emudece. Para se recuperar, parte para uma casa de campo sob os cuidados de uma enfermeira, que a admira e tenta compreender a razão de seu silêncio. Isoladas, as duas mulheres desenvolvem uma relação de forte intensidade emocional. Após a exibição do filme, acontecerá o debate mediado pelo professor Sérgio Rizzo.

 

PROGRAMAÇÃO

Dia 20 de outubro

Filme “Persona” – 19h

Debate “Desvendando Persona” – 20h30

Entrada gratuita

Itaú Cultural – Auditório

Avenida Paulista, 149 – São Paulo – SP

 O FESTIVAL

Tudo começou com Leon Cakoff, que trabalhava no MASP (Museu de Arte de São Paulo) na década de 1970, como programador de cinema, e passou a exibir filmes estrangeiros inéditos com uma audiência significativa. Quando o MASP completou 30 anos de fundação, os filmes foram apresentados no grande auditório do Museu, e ali, se inaugurou também a modalidade do voto público para a escolha de melhor filme.

A Mostra Internacional é um festival cinematográfico que acontece anualmente na cidade de São Paulo. É considerada a maior janela no Brasil para o cinema mundial, muitos cineastas e diretores como Fernando Meirelles e Laís Bodanzky já comentaram sobre sua importância no cenário internacional e nacional.

Leon Cakoff, fundador e organizador do evento faleceu em 2011, mas sua viúva, a produtora Renata de Almeida continua na direção da Mostra.

A Mostra começa hoje, 20 de outubro e vai até o dia 02 de novembro. Para ver toda a programação, acesso o site do evento.

“Posicionar bem a câmera? Não adianta nada, se você não tiver o que dizer” James Schamus fala para futuros cineastas na AIC-RJ

$
0
0
“Posicionar bem a câmera? Não adianta nada, se você não tiver o que dizer” James Schamus fala para futuros cineastas na AIC-RJ

Roteirista e produtor, o americano trouxe ao Rio seu primeiro filme como diretor, “Indignação”

Texto: Clara Meirelles

Quando James Schamus chegou à entrada da Academia Internacional de Cinema (AIC), no Humaitá, cerca de setenta pessoas já o aguardavam e disputavam as senhas para vê-lo falar. O premiado roteirista e produtor, que trabalhou com diretores como Paul Schrader, Sofia Coppola, Todd Haynes e Todd Solondz, é um dos grandes parceiros de Ang Lee, para quem escreveu os roteiros de “Tempestade de Gelo” e “Aconteceu em Woodstock e produziu o sucesso “O Segredo de Brokeback Mountain. Schamus também é professor de História do Cinema na Universidade de Columbia e veio ao Rio de Janeiro por um motivo especial: trazer o seu primeiro filme como diretor, “Indignação, ao Festival do Rio. Estava acompanhado por um dos produtores do longa, Rodrigo Teixeira. A palestra foi uma parceria entre a AIC, o Festival do Rio e a produtora RT Features.

James Schamus e Rodrigo Teixeira na AIC - RJ

James Schamus e Rodrigo Teixeira na AIC – RJ

 

Trinta anos de cinema

Schamus começou o encontro contando sua trajetória. Criado em Los Angeles, o artista foi para Nova Iorque para estudar cinema, aos vinte e poucos anos, e se deparou com o então incipiente mercado do cinema independente, que agregava muitos diretores em busca de dinheiro para suas produções. O palestrante contou que não sabia fazer dinheiro, mas tentava, o que fez com que as pessoas achassem que era produtor. Assim, ele começou sua carreira trabalhando como assistente durante o dia e à noite, como ele mesmo definiu, “fingia ser produtor”.

Cauã Reymond - Palestra James Schamus - AIC - RJ

Cauã Reymond – Palestra James Schamus – AIC – RJ

A estratégia deu certo. Ao longo de sua carreira, ele cofundou a produtora Good Machine e a distribuidora Focus Features, responsáveis por inúmeros lançamentos no cinema hollywoodiano. Ilda Santiago, diretora artística do Festival do Rio, também presente no evento, o definiu como um artista do estilo renascentista, tamanha a sua versatilidade e capacidade de desempenhar papéis diferentes dentro da cadeia de produção de um filme.

Trinta anos depois de começar a levantar produções, Schamus afirmou que o mercado do cinema independente avançou muito e hoje já há uma estrutura de mídias digitais e uma nova geração trabalhando. Mas deixou claro que a dificuldade ainda existe: “Todo ano, no Oscar e no Independent Spirit, um ou dois caras sobem no palco, pegam o troféu e falam que ninguém acreditava no projeto. Para cada um que sobe no palco, há milhões de fracassados. Isso é uma coisa normal no ramo”.

Conselhos para a nova geração
Palestra James Schamus - AIC-RJ

Palestra James Schamus – AIC-RJ

Dono de um senso de humor ácido, Schamus propôs uma dinâmica com os estudantes de cinema presentes na sala. Perguntou qual é o melhor conselho que já ouviram. A cada resposta, o cineasta rebatia dizendo exatamente o contrário. Posicionar bem a câmera? Não adianta nada, se você não tiver o que dizer. Fazer o filme impetuosamente? Ridículo, imagina se isso fosse dito a um cirurgião cardíaco. A plateia gostou da brincadeira, mas ficou desnorteada. Schamus então arrematou a dinâmica, dizendo que queria mostrar que não há regras na arte, o que faz com que todo e qualquer conselho pareça útil. E expôs o que, para ele, é importante ao se fazer cinema: “a presença das pessoas, a atenção, o contexto, estar ouvindo, trocando, testando, sentindo. Isso importa”.

James Schamus - AIC - RJ

James Schamus – AIC – RJ

Perguntado sobre a inclusão das minorias sociais no cinema, Schamus foi categórico ao dizer que o Oscar é uma festa da indústria, preocupada em lucrar. “Vamos ver cada vez mais asiáticos em papéis de liderança porque os chineses estão colocando dinheiro”, afirmou. E citou uma frase de sua esposa: “O Oscar é uma festa em que coisas boas acontecem para pessoas ruins”. A sala toda gargalhou.

Na cadeira do diretor

Seu primeiro longa-metragem como diretor, “Indignação, é uma adaptação do romance homônimo do escritor americano Philip Roth. Schamus mandou o roteiro para Roth assim que terminou de escrever e o autor fez um grande favor: se recusou a ler e deu total liberdade para a realização do filme.

Para o agora diretor, a linguagem do roteiro de uma adaptação cinematográfica é a mesma dos casamentos ruins: “filme e livro são fiéis apenas no espírito”, afirmou. Despreocupado com as críticas, ele reiterou a necessidade de liberdade e risco para se fazer cinema. E pouco antes de sair da sala, sob aplausos entusiasmados, Schamus se definiu como um artista que gosta de criar mundos para os atores e para compartilhar com a equipe – para ele, uma característica essencial a qualquer um que queira ser criador na arte do cinema.

*Fotos: AIC/André Motta

Vaidade Jornalística é o Tema de “Nome”, de Franthiesco Ballerini, exibido no 7ª Brazilian Film Series de Chicago

$
0
0
Vaidade Jornalística é o Tema de “Nome”, de Franthiesco Ballerini, exibido no 7ª Brazilian Film Series de Chicago

O curta-metragem “Nome”, escrito e dirigido por Franthiesco Ballerini, professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), será exibido no 7ª Brazilian Film Series de Chicago, que vai do dia 30 de outubro a 17 de novembro. O filme foi apresentado anteriormente no Festival de Conservatória e no Great Lakes International Film Festival. Germano Pereira, que foi aluno do Filmworks em São Paulo, é ator no filme.

Filme Nome - Foto: Divulgação

Filme Nome – Foto: Divulgação

“Nome” trata de um tema bastante controverso, a vaidade jornalística, que é tão ou mais atual quanto na época de “Fogueira das Vaidades”, filme de Brian de Palma baseado na novela homônima de Tom Wolf.

Ballerini, que também é jornalista e crítico de cinema, conta que começou a pensar na ideia quando entrou na AIC e se aproximou do processo de realização de filmes: “eu tive vontade de fazer um curta sobre vaidade jornalística, algo muito presente nas redações de jornais e revistas, nas quais trabalhei por quase 10 anos. Então, de repente, numa noite qualquer em 2014, eu perdi o sono e tive a ideia do roteiro sobre um personagem que alimenta seu ego diariamente com as matérias que escreve – a ponto de sentir, inclusive, prazer sexual por elas – até que um dia, percebe que outros jornalistas estão passos à frente dele, então, entra numa espiral de autodestruição, com final trágico.”

Trailer de “Nome”

“GRIN” E “DEMONIA”, DE RONEY FREITAS, RODAM FESTIVAIS EM NOVEMBRO

$
0
0
“GRIN” E “DEMONIA”, DE RONEY FREITAS, RODAM FESTIVAIS EM NOVEMBRO

“GRIN”, dirigido, e “Demônia”, produzido pelo professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), Roney Freitas, que foram selecionados para diversos festivais nacionais ao longo do ano, terão novas exibições agora em novembro:

O documentário de média-metragem “GRIN”, que ele codirigiu com o cineasta indígena Isael Maxakali, está no Cine Esquema Novo 2016 – Arte Audiovisual Brasileira, em Porto Alegre, e no Forumdoc.BH, em Belo Horizonte.

Filme: Demônia - Foto: Divulgação

Filme: Demônia – Foto: Divulgação

O curta-metragem “Demônia”, produzido por Roney Freitas e dirigido por Fernanda Chicolet e Cainan Baladez, será exibido no Festival de Vitória.

“GRIN”, quase todo falado no idioma Maxakali, faz “um resgate​ ​de​ memórias sobre a formação da Guarda Rural Indígena durante a ditadura militar, com relatos das violências sofridas pelos seus parentes” – nas palavras de Roney. ​A fotografia é de André Luiz de Luiz, também ​ professor da AIC.

“Demônia – Melodrama em 3 Atos” acompanha a discussão de um casal que tem sua intimidade exposta de maneira sensacionalista na TV. Outro dois professores da AIC integram a equipe técnica do curta: André Luiz de Luiz na Fotografia e Dicezar Leandro na Direção de Arte.

 OS FESTIVAIS
Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira

A edição de 2016 acontece entre 3 e 10 de novembro, com exibições gratuitas apresentadas na Cinemateca Capitólio, sede oficial do Festival. Foram quase 600 inscritos, o Festival tem como proposta englobar tanto a ideia audiovisual quanto das artes visuais. Também apresenta um formato diferenciado de exibição, das 44 obras selecionadas na Competitiva Brasil, 32 serão exibidas na sala da Cinemateca Capitólio, porém 12 serão exibidas fora da sala de cinema, no formato de videoinstalações, projeções e performances. A divulgação dos vencedores da Competitiva Brasil será no dia 10 de novembro, quinta-feira, às 21h, na Cinemateca Capitólio.Confira a programação completa no site do evento.

Filme: Grin - Foto: Divulgação

Filme: Grin – Foto: Divulgação

Forumdoc.BH

Em Belo Horizonte, o Forumdoc.BH acontece entre 17 e 27 de novembro no Cine Humberto Mauro-Palácio das Artes, na UFMG, em centros culturais e espaços abertos da cidade. Todas as atividades são gratuitas. Conta com mostras de filmes clássicos e contemporâneos. Neste ano foram mais de 500 inscritos, entre a mostra brasileira e internacional. O festival também realiza durante o ano (neste ano foi entre maio e junho) uma Mostra Itinerante que percorre as cidades do interior de Minas, exibindo os filmes selecionados na edição anterior, com o intuito de promover o encontro entre espectadores locais e importantes expressões audiovisuais vindas de diversas partes do mundo. Para conferir a programação completa, acesse o site.

 

Festival de Vitória

A 23ª edição do Festival de Vitória acontece entre 14 e 19 de novembro e premia as melhores produções dos gêneros ficção, documentário e animação. Tem como característica exibir uma programação diversificada, que conta com os mais recentes trabalhos do cinema brasileiro, além de muitas atividades de formação para todos os públicos. Ao final da programação, o Festival de Cinema de Vitória premia os melhores trabalhos de suas mostras. Serão distribuídos mais de 30 troféus, além de menções honrosas e prêmios adicionais. O objetivo do Festival é contribuir para o desenvolvimento da produção audiovisual brasileira, o fortalecimento dos profissionais capixabas e a democratização do acesso da população aos bens culturais. Além de  estimular a formação de um público consumidor de cultura mais crítico. Confira a programação completa do Festival, no site do evento.

 

 


FINALISTA DO JABUTI E EM BREVE FILME DE ANIMAÇÃO

$
0
0
FINALISTA DO JABUTI E EM BREVE FILME DE ANIMAÇÃO
Vanessa Prieto - Foto: Vitor Vieira

Vanessa Prieto – Foto: Vitor Vieira

“O Silêncio em Apuros”, de Vanessa Prieto, professora de Direção de Atores do curso Filmworks, da Academia Internacional de Cinema (AIC) está entre os finalistas na categoria livro infantil do 58º Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro (CBL), divulgada em outubro. O resultado será anunciado no dia 11 de novembro e a cerimônia de comemoração, no dia 24.

Vanessa é atriz, produtora, roteirista e escritora. Como atriz, fez a série “Zé do Caixão”, canal Space, contracenando com Matheus Nachtergaele como Sarita Del Ciel. Na televisão, fez a novela “Cristal” (SBT), em 2006. Na Rede Globo, fez o seriado “Sítio do Pica-Pau Amarelo” em 2007 e, no mesmo ano, participou da novela “Pé na Jaca”. Idealizou, atuou e coproduziu os musicais: “Lampião e Lancelote”, vencedor de 11 prêmios de teatro, “A árvore Berenice” e ainda correalizou o espetáculo de dança flamenca “Toro Negro”. Em 2011, estreou em São Paulo o musical infantil “O Silêncio Em Apuros” de sua autoria, com direção de Débora Dubois. E finalmente, em 2015, escreveu e editou o livro infantil “O Silêncio em Apuros”, um dos finalistas do Prêmio Jabuti.

O livro foi inspirado na peça homônima “O Silêncio em Apuros”, e conta a história do Silêncio. Tudo se passa no reino de Lugar Nenhum e Todos os Lugares, onde o personagem principal, o Silêncio, corre perigo de deixar de existir para sempre, pois foi sequestrado e precisa ser resgatado. Nesse contexto, a Música, a Dança, a Poesia, o Teatro e a Pintura se unem para ajudar o amigo contra o mostro Barulho. A trama é repleta de aventuras, ruídos, brigas e confusões. As ilustrações são de Mariana Faria, feitas com aquarela e lápis de cor, e compõem perfeitamente a obra que tem tanto a acrescentar ao universo infantil, como a importância do silêncio para os pensamentos, projetos e sonhos.

Vanessa Prieto - Foto: Vitor Vieira

Vanessa Prieto – Foto: Vitor Vieira

O projeto nasceu como peça de teatro, virou livro e agora será roteiro de cinema: “agora parto pra outra longa jornada”, diz Vanessa, “estou reescrevendo o roteiro do filme de animação “O Silêncio em Apuros”. Voltando para o Cinema, minha primeira formação. Em 2016, fui contemplada com um prêmio no Fundo Setorial do Audiovisual para desenvolver um roteiro inspirado no livro… Sei que a história está crescendo, mudando de cara, se contaminando, se adaptando a uma nova linguagem . Não sei onde isso vai dar, mas sei que nós continuamos em apuração… o Silêncio e eu.”

“ESPERA”, DO EX-ALUNO VICTOR RIBEIRO, NO FESTIVAL DE GRANADA

$
0
0
“ESPERA”, DO EX-ALUNO VICTOR RIBEIRO, NO FESTIVAL DE GRANADA

Rodado e editado em cinco dias chuvosos durante férias em família na Ilha do Mel, no litoral do Paraná, o curta “Espera”, de Victor Ribeiro, ex-aluno do Filmworks da Academia Internacional de Cinema (AIC), foi selecionado para a 3ª Edição do Festival Cinemistica, em Granada. O festival vai de 18 de novembro a 17 de dezembro e contou com mais de 3 mil títulos de 46 países.

Filme "Espera" - Foto: Divulgação

Filme “Espera” – Foto: Divulgação

“Espera” conta a história de Regina, moradora de uma ilha, que age todos os dias da mesma forma, desde a despedida de Beto há 20 anos. Seus traços no rosto demonstram uma vida sofrida e solitária. Mas nesse dia, em particular, chove, e talvez seja a hora dela dar a última olhada no horizonte com a esperança de que o mar traga o seu amor de volta.

Victor conta que a ideia para o filme surgiu inesperadamente, quando foi passar férias na Ilha do Mel com a família da namorada. “Geralmente não levo minha câmera quando estou de férias, mas dessa vez resolvi levar, achei que não iria nem tocar no equipamento, mas pegamos uma semana chuvosa e o tédio poderia ter tomado conta da gente, mas antes que isso acontecesse, comecei a filmar umas coisas e assim surgiu o filme “Espera”. Todos se animaram com a ideia e até me ajudaram com a produção. O filme foi filmado e editado lá mesmo, na Ilha, ao som da chuva, como na história. Uma produção completa em 5 dias e um filme feito em família”. A atriz do filme é Regina Bastos, mãe da namorada de Victor e o ator, o pai da namorada, Beto Bruel.

Filme "Espera" - Foto: Divulgação

Filme “Espera” – Foto: Divulgação

Victor vem há alguns anos estudando a dinâmica dos festivais, e conseguiu até hoje ter todos os seus filmes selecionados em festivais brasileiros ou internacionais. No ano passado, seu curta “Virgens” levou o prêmio de melhor curta-metragem no Los Angeles Brazilian Film Festival. “Desde que me formei em 2007, passei dias e dias preenchendo fichas de inscrição e mandando meus filmes para todos festivais que eu conseguia. Hoje em dia também faço isso, mas com o tempo você vai entendendo em qual festival seu filme se encaixa, vai percebendo a característica daquele festival, e são coisas importantes quando se tem um filme em mãos. Às vezes é bom ter calma e escolher alguns festivais apenas, aqueles que tenham a ver com o seu trabalho, dessa forma, você economiza tempo e dinheiro!”, diz o diretor.

 FESTIVAL CINEMÍSTICA

Para acessar a programação completa do Festival, acesse o site.

 TEASER DO FILME “ESPERA”

https://vimeo.com/133286855

CINE MATILHA APRESENTA QUATRO FILMES DE MARCELA LORDY, PROFESSORA DA AIC

$
0
0
CINE MATILHA APRESENTA QUATRO FILMES DE MARCELA LORDY, PROFESSORA DA AIC

O Cine Matilha exibe de 15 de novembro a 18 de dezembro os filmes selecionados na 1ª Mostra de Filmes Independentes e neste final de semana, contará com a apresentação de quatro filmes de Marcela Lordy, documentarista e professora do Curso de Formação Livre em Documentário da Academia Internacional de Cinema (AIC). No total, foram 411 inscritos e 77 selecionados pela curadoria do Cine Matilha, realizada por parceiros do espaço.

Filme: Sonhos de Lulu - Foto: Divulgação

Filme: Sonhos de Lulu – Foto: Hanna Vadasz

Marcela Lordy começou sua trajetória em 2010, quando filmou 5 curtas para o monólogo ‘Louise Valentina’ da atriz Simone Spoladore, que logo se tornaram o curta experimental “Sonhos de Lulu”. O filme participou de festivais como a 22º Mostra do Audiovisual Paulista, Brasil On Art e do Festival On-line de Filmes Brasileiros sobre Arte. Nesse mesmo ano, dirigiu o média-metragem “A Musa Impassível”, que ganhou prêmio de melhor filme segundo júri e público no 18º Festival de Cuiabá. Em 2011, escreveu e dirigiu o documentário “Ouvir o Rio: uma escultura de Cildo Meireles”, que participou de vários festivais nacionais e internacionais como Expressions Of Brazil 2012 – Toronto – Mostra BRAFFTV, 15° Buenos Aires Festival Internacional De Cine Independiente (BAFICI), Festival International Signes de Nuit, Rússia, entre outros. E em 2012, assinou direção e roteiro do curta-metragem “Aluga-se”, que também entrou em vários festivais nacionais e internacionais, como 13° Edición Del Festival Internacional de Cine De Martil, 4º Cine Fest Brasil Montevidéu, 8th Brasilcine – The Brazilian Film Festival In Scandinavia, entre outros.

Mais recentemente, Marcela ganhou o Ibermedia – um programa de incentivo à coprodução de filmes de ficção e documentários realizados pelos países ibero-americanos – para desenvolver seu próximo longa.

Confira a programação completa da exibição dos filmes de Marcela Lordy.

A Musa Impassível

19/11 – às 16h

03/12 – às 15h

Aluga-se

19/11 – às 17h

03/12 – às 16h

Sonhos de Lulu

19/11 – às 17h30

03/12 – às 16h30

Ouvir o Rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles

19h11 – às 18h

03/12 – às 17h

Filme: Musa Impassível - Foto: Divulgação

Filme: Musa Impassível – Foto: Edouard Fraipont

Sinopses:

A Musa Impassível

Adrine é neta de armênios, Edivaldo é filho de pernambucanos. Ela tem toc e aspira à imobilidade. Ele tem ausências que o paralisam completamente. Adrine é casada com Adilson, um homem embrutecido que não suporta ser tocado pela mulher. Edivaldo quer casar-se com Gladis, aspirante ao mundo fashion. Adrine deseja não ser notada. Edivaldo precisa ‘ser alguém’ para reconquistar sua noiva. Numa manhã, as vidas de Edivaldo e Adrine se cruzam na região da luz por causa de uma laranja quase madura. Entre monumentos históricos, esculturas, pessoas de origens e sonhos diversos, Edivaldo e Adrine compartilham uma jornada de reconhecimento e aceitação sem imaginar que o que vivem, na verdade, é a mais antiga e necessária das histórias: uma história de amor.

Filme: Aluga-sel - Foto: Divulgação

Filme: Aluga-se – Foto: Renato Stokler

Aluga-se

São Paulo vive apagando sua memória. Clarice, recém-separada, procura um lugar silencioso para viver, onde as casas ainda preservem a comunicação com a rua e os moradores usufruam as praças do bairro. Antônio, recém-separado, é quadrinista, trabalha em casa e se vê obrigado a vender o local onde passou a infância para abrir espaço à especulação imobiliária. Durante um dia acompanhamos a busca deles por um novo lar e um novo amor. Clarice encontra na casa de Antônio tudo o que precisava, mas a casa acaba de ser vendida. Fica no ar a possibilidade de um encontro amoroso diferente das relações efêmeras que eles vêm experimentando. Um retrato da verticalização caótica da cidade de São Paulo e a percepção do espaço público como uma tradução de nós mesmos.

Sonhos de Lulu

Simone Spoladore e Felipe Vidal escrevem um monólogo sobre duas figuras femininas de personalidade forte e espírito independente: a atriz norte-americana Louise Brooks e a personagem Valentina, do quadrinista italiano Guido Crepax. E a convite deles, Marcela pesquisei o cinema avant-garde (vanguarda), o universo de história em quadrinho e o cinema dos anos 60. Juntos, criaram cinco curtas que integraram o espetáculo visual “Valentina” de dança contemporânea, quadrinhos, artes visuais e cinema. São sonhos eróticos de uma atriz do cinema mudo que deixou muitas palavras. O universo feminino retratado em toda sua complexidade: diferentes papéis, fetiches, dilemas, identidade, profissão, liberdade, maternidade, poder e sexualidade.

Filme: Ouvir Rio - Foto: Divulgação

Filme: Ouvir Rio – Foto: Janice d’Avila

Ouvir o Rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles

O documentário acompanha o trabalho do artista plástico na busca do som das principais bacias hidrográficas brasileiras, e nas águas processadas pelo homem (residuárias), para a construção da obra “Sonora Rio: oir”, criada a partir de jogo e articulação entre palavras e conceitos. Um vinil, que tem de um lado as águas, e de outro, risadas. O filme é o relato dessas viagens, das aventuras dessa busca de Cildo, passando por Foz do Iguaçu, pela Pororoca do Macapá, Parque das Águas Emendadas, Rio São Francisco, para depois em um estúdio de som juntar os pedaços combinados à cacofonia das águas residuárias e às gargalhadas humanas.

Serviço:

Cine Matilha: Rua Rego Freitas, 542. Única sala de cinema da cidade onde a entrada de cães é permitida em todas as sessões.

Os filmes terão exibição gratuita e os ingressos serão distribuídos por ordem de chegada.

O ROTEIRO, A LOCAÇÃO, DOIS ATORES E UM CURTA EM UMA NOITE

$
0
0
O ROTEIRO, A LOCAÇÃO, DOIS ATORES E UM CURTA EM UMA NOITE
Filme: Xtalker - Foto: Divulgação

Filme: Xtalker – Foto: Divulgação

O que parece improviso é na verdade resultado de um afinado trabalho em equipe. Assim foi feito “XTalker”, curta de Louyse Gerardo, ex-aluna do Curso de Direção de Fotografia da AIC-RJ, e o filme está na 18ª Edição do Festival Internacional de Filmes Curtíssimos, que acontece entre 23 e 26 de novembro em Brasília.

Louyse conta que a ideia para “XTalker” – que retrata como um momento de aflição pode desencadear consequências trágicas – surgiu de forma  espontânea em conversas com um ex-colega de trabalho, e ele então escreveu o roteiro: “logo após termos a ideia, eu mesma procurei a locação, um café em Niterói, que era exatamente como tínhamos pensado. Entrei em contato com os donos e eles adoraram a ideia e resolveram apoiar. O mesmo se deu com os atores, a Nathália Reina, que já é atriz, adorou a ideia e ajudou achar o outro ator, Rhayan Jardel. “

Com a pré-produção resolvida, era hora de rodar. Tudo em uma única noite. Aí sim, foi preciso saber inventar para lidar com os imprevistos:  “A gravação durou um dia, para ser mais exata, uma noite. Tivemos alguns obstáculos como, por exemplo, o café não poderia parar de funcionar enquanto estivéssemos gravando, dessa forma, teríamos que ter o mínimo de pessoas no set de filmagem. Outro problema foi a chuva. Começou a chover no final das filmagens, mas combinou com a cena que estávamos gravando. Além disso, nosso led que parou de funcionar, mas consegui adaptar os recursos disponíveis na hora. Acredito que com criatividade e conhecimento tudo se resolve. Ficamos satisfeitos com o resultado e o retorno está sendo o melhor possível”.

Além de “XTalker”, Louyse tem outro curta no currículo “I Miss You”, que foi selecionado para o Festival Internacional de Cine Fantástico y de Terror de Navarra y Horror Online Art, na Espanha.

Louyse Gerardo - Foto: Divulgação

Louyse Gerardo – Foto: Divulgação

Louyse é carioca, trabalha como fotógrafa há mais de seis anos, tem pós em Discurso Fotográfico pela UEL, e o cinema apareceu em sua vida por causa da fotografia “sempre fui apaixonada por arte, e a luz no cinema é o que faz meu coração bater mais forte. Viajei por mais de 20 países, buscando aprimorar minha linguagem fotográfica, entender o próximo e sua cultura. O somatório dessas experiências me levou ao que estou fazendo agora, meu primeiro documentário, e pretendo me especializar nessa área. Esse novo projeto já está em andamento e o nome será ‘Os enlatados’” diz Louyse.

 O FESTIVAL

O Festival Internacional de Filmes Curtíssimos tem como objetivo estimular o audiovisual acessível a todos, principalmente, entre os jovens e incentivar os experimentos, sua única regra é a de que o filme tenha no máximo três minutos de duração, mas essa imposição não impediu que todos os gêneros estivessem na competição, revelando imaginação e inventividade dos participantes. Surgiu em Paris com o nome de Très Court, hoje conta com a participação de 20 países e mais de 100 cidades ao redor do mundo, mostrando a diversidade das culturas presentes. É aberto ao público e conta com atividades ligadas ao audiovisual, além das mostras competitivas nacionais e internacionais. Para visualizar a programação, acesse o site.

 

Programa de bolsas de estudos

$
0
0
Programa de bolsas de estudos

Através de um processo seletivo, o programa de bolsas de estudo da Academia Internacional de Cinema concede um número limitado de vagas com 50% de desconto na mensalidade do Filmworks – Curso de Formação Profissional em Direção Cinematográfica.

O programa é direcionado exclusivamente para interessados na área de cinema cuja renda não permita investir no valor total do curso.

A análise de renda considera a renda do aluno, de todas as pessoas que moram na mesma residência, e de seus pais, independente de residirem na mesma moradia.

Os candidatos pré-aprovados serão convocados para realizar sua inscrição conforme disponibilidade de vagas. A pré-aprovação não garante que o candidato será convocado para inscrever-se no curso.

Inscreva-se até 10/12/2016

Regulamento do Programa Clique aqui.

Atenção: A apresentação de informações ou documentos falsos implicará a reprovação do candidato no processo seletivo, sujeitando-o às penalidades previstas no art. 299 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.

Programa de Bolsa de Estudos 1s2017

Etapa 1 de 3 - Dados pessoais

0%

PROJETO “FAZER CINEMA” REVELA SEUS VENCEDORES

$
0
0
PROJETO “FAZER CINEMA” REVELA SEUS VENCEDORES

Saíram os vencedores do projeto “Fazer Cinema”, uma parceria entre o Festival do Minuto e  a Academia Internacional de Cinema (AIC). Os participantes foram convidados a falar sobre a arte de fazer cinema em um vídeo de um minuto.

Com mais de 100 inscritos, os ganhadores foram escolhidos pela Curadoria do Festival e pela Coordenação da AIC. Os melhores trabalhos foram premiados pela curadoria do Festival do Minuto com o Troféu Minuto. E a Academia Internacional de Cinema concedeu uma bolsa de estudos integral para o melhor vídeo. O prêmio dá direito a uma bolsa de 100% em um curso livre, o (a) vencedor (a) poderá escolher entre Direção de Fotografia ou Produção executiva.

Premiados pelo Festival do Minuto:
Making of, cara!” de Adriano Cardoso e Raphael Giraud

 

Cine Verité” de João Pedro Toledo

Hey mom” de Laís Moura

Premiado pela AIC:
Filha do Cinema” de Anália Alencar

MOSTRA DE DOCUMENTÁRIOS TERRITÓRIO EXPANDIDO REÚNE GRANDES NOMES DO CINEMA DOCUMENTAL

$
0
0
MOSTRA DE DOCUMENTÁRIOS TERRITÓRIO EXPANDIDO REÚNE GRANDES NOMES DO CINEMA DOCUMENTAL

Acontece entre 5 e 10 de dezembro a Mostra Território Expandido, Mostra de Documentários. O evento é promovido pelo grupo de documentaristas responsáveis pelo GTDoc – grupo de trabalho voltado ao documentário –  com apoio da Spcine em parceria com a Unibes Cultural. E tem como diretora executiva a professora da Academia Internacional de Cinema (AIC), Vanessa Prieto.

A temática proposta pela curadoria, de responsabilidade de Henri Arraes Gervaiseau, Paola Prestes e Regina Jehá, trata das relações existentes entre os indivíduos, os grupos étnicos e as comunidades nacionais, em diversos períodos da história contemporânea.

Entre os destaques da programação, estão “Em Jackson Heights”, de Frederick Wiseman, filme de abertura que será exibido no Caixa Belas Artes; “Pitanga”, de Beto Brant e Camila Pitanga e “Os Habitantes”, o mais recente documentário de Raymond Depardon.

A mostra conta com três mesas de bate-papo, uma palestra e o lançamento em São Paulo, do livro Cinema de Fato – anotações sobre documentário, do jornalista Carlos Alberto Mattos.

Acompanhe a programação:
Dia 06/12

14h00 – Filme “Gulistan, Terra de Rosas” (Zayne Akyol)

Debate com a pesquisadora Kelen Pessuto

16h15 – Palestra “Introdução ao Seminário Robert Flaherty”

Com o produtor Steve Holmgren

17h30 – Mesa 1

“A situação atual do mercado para o documentário

Com Luís González Zaffaroni e Ana Paula Mansur

18h40 – Mesa 2

Difusão Alternativa

Com Rafael Sampaio, Renato Candido, Guilherme César

20h30 – Filme “Pitanga” (Beto Brant e Camila Pitanga)

Debate com o realizador Beto Brant

Dia 07/12 

14h00 – Filme “Ori” (Raquel Gerber)

Debate com a realizadora Raquel Gerber

16h20 -Filme “La Permanence – O Plantão” (Alice Diop)

19h00 – Filme “A vida sobre a Terra” (Abderrahmane Sissako)

Debate com a pesquisadora Amaranta Cesar

21h00 – Filme “Ultimo Trem para Casa” (Lixin Fan)

Debate com a pesquisadora Cecilia Mello

Dia 08/12

14h00 – Filme “Lições da Escuridão” (Werner Herzog)

Debate com a cineasta Paola Prestes

15h40 – Filme “Nós” (Artavazd Peleshian)

17h00 – Filme “O Êxodo do Danúbio” (Petér Forgács)

Debate com a pesquisadora Lucia Monteiro

19h00 – Lançamento do Livro

“Cinema de Fato: Anotações sobre Documentário”, de Carlos Alberto Mattos

20h00 – Filme “Os Colonizadores” (Shimon Dotan)

Debate com o crítico Carlos Alberto Mattos

Dia 09/12 

14h00- Filme “Martírio” (Vincent Carelli)

Debate com o realizador Vincent Carelli

18h00- Mesa 3 “Explorando fronteiras”

Exibição do Making Of “Era o Hotel Cambridge”

Debate com a cineasta Eliane Caffé e equipe do filme

20h00- Filme “Juventude em marcha” (Pedro Costa)

Debate com o pesquisador Mateus Araújo

Dia 10/12 

14h00 – Filme “Reminiscências de uma viagem à Lituânia” (Jonas Mekas)

Debate com a pesquisadora Patrícia Mourão

16h30 – Filme “Do Leste” (Chantal Akerman)

Debate com o pesquisador Mateus Araújo

19h30 – Filme “Os Habitantes” (Raymond Depardon)

Debate com a pesquisadora Anita Leandro

Serviço:
Documentário, Território Expandido

De 5 a 10 de dezembro de 2016.

Abertura – Caixa Belas Artes (R. da Consolação, 2423)

De 6 a 10 de dezembro – UnibesCulltural (R. Oscar Freire, 2500)

Grátis. Retirada de Ingressos com 1h de antecedência.

Mais informações, acesse o site da Mostra.

 


CINEMA EXPERIMENTAL E A REARTICULAÇÃO DO OLHAR: ENTREVISTA COM ARTHUR TUOTO

$
0
0
CINEMA EXPERIMENTAL E A REARTICULAÇÃO DO OLHAR: ENTREVISTA COM ARTHUR TUOTO

Arthur Tuoto, ex-aluno da primeira turma da  Academia Internacional de Cinema (AIC), teve seu vídeo “Não Me Fale Sobre Recomeços” exibido na Mostra Cinema Agora! do Festival de Brasília deste ano, destinada a produções com linguagens experimentais. Seus filmes e videoinstalações se caracterizam por transitar entre cinema e artes visuais e já foram exibidos em festivais e exposições como Berlinale, BAFICI, Videonale, Les Rencontres internationales, Videoformes, Mostra de Cinema de Tiradentes, Semana dos Realizadores, entre outros.

Filme: Não me Fale Sobre Recomeços - Foto: Divulgação

Filme: Não me Fale Sobre Recomeços – Foto: Divulgação

“Não me Fale Sobre Recomeços” foi criado unicamente a partir de imagens coletadas das mais variadas fontes, como vídeos do Youtube, filmes clássicos e outros. Nesse sentido, é evidente uma mistura de linguagens em seus trabalhos. Em uma entrevista para AIC, Arthur fala sobre seus novos trabalhos, e como vê o cinema experimental, suas inspirações e linguagens.

AIC – Você trabalha tanto com artes visuais como com cinema. Como essas artes se influenciam? 

AT: Tanto o meu trabalho em artes visuais (as videoinstalações) como os trabalhos de cinema (os curtas e os longas) acabam, inevitavelmente, dialogando entre si. Uma pesquisa complementa a outra. E o mais importante, nenhuma das disciplinas acaba se limitando. As minhas referências em artes acabam subvertendo os curtas e os longas tanto quanto a minha referência em cinema acaba subvertendo o trabalho em artes.

AIC – Como você idealizou “Não Me Fale Sobre Recomeços”?

AT: O filme parte de uma pesquisa sobre apropriação de imagens. Quase todo o meu trabalho, a partir de 2011, é realizado unicamente a partir de material encontrado. Ou seja, eu não filmo mais, eu apenas coleto imagens, das mais variadas fontes, e vou rearticulando esse material em prol de um novo processo criativo, em prol de um novo significado. O filme não partiu propriamente de uma ideia, mas de um processo ensaístico, de um exercício de rearticulação de significado dessas imagens, um exercício diário que, naturalmente, deu origem à obra.

AIC – Em uma entrevista que você deu recentemente ao jornal de Curitiba Gazeta do Povo, falou sobre a heterogeneidade da imagem e da informação. O que isso significa em seu filme “Não me fale de recomeços”?

AT: O filme trabalha muito com uma rearticulação do olhar, bastante em voga na contemporaneidade. A todo o momento, somos abordados pelos mais diversos tipos de imagem: publicidade, vídeos de YouTube, cinema, séries… a nossa experiência como espectador on-line acaba se transformando em uma experiência de rearticulação do olhar, ou seja, nós precisamos processar todo tipo de imagem, todo tipo de discurso. E o filme tenta refletir sobre essa heterogeneidade, essa diversidade de imagens e sons, tenta criar uma espécie de breviário digital sobre essas novas possibilidades cognitivas.

Arthur Tuoto - Foto: Maria Verdasca

Arthur Tuoto – Foto: Maria Verdasca

AIC – Você também diz que aposta em uma mistura de linguagens, o que isso significa?

AT: Sempre me interessei por todo tipo de imagem: baixa resolução, alta resolução, imagens de arquivo, fotografias, imagens de celular. E os trabalhos, de alguma forma, refletem isso. Nao deixam de ser, também, sobre a própria natureza da imagem. Tentam entender o que é, hoje, uma imagem. Como essa imagem é produzida, como ela é processada. Que procedimentos sociais e imagéticos estão em voga nesse caminho.

AIC – Quando começou a se interessar por cinema?

AT: Comecei a cursar a AIC quando a escola ainda estava em Curitiba e terminei o curso em São Paulo, e desde o começo da minha carreira, tenho me interessado por um cinema de vanguarda, que concilia vários elementos sensoriais das artes visuais. Meu trabalho, naturalmente, foi se concentrando nisso, e meus vídeos são exibidos tanto em festivais como em museus. Mas ainda mantenho um interesse muito grande pelo cinema de ficção, pela elementaridade do cinema em si. Boa parte dos meus trabalhos, mesmos os mais experimentais, acabam lidando com várias referências cinematográficas; lancei um curta narrativo esse ano no Olhar de Cinema (http://arthurtuoto.com/last-portrait.html) e pretendo, seguir paralelamente fazendo trabalhos de ficção, ainda que aliando alguns elementos sensoriais.

AIC – Como foi sua experiência na AIC?  

AT: . Terminei em 2007, e como entrei no curso bastante novo, meus trabalhos em vídeo começaram ali. O interesse pelo cinema surgiu de uma cinefilia que vem desde a infância, dos tempos de locadora, mesmo. Acho que o cinema, talvez mais do que qualquer arte, tem o poder de nos transpor para outras realidades. E sempre me interessou essa natureza fantasiosa, essa vocação convidativa do cinema. Por isso, desde muito novo, já tinha me decidido que era isso o que queria fazer.

AIC: O que você falaria para quem está começando e se interessa por cinema experimental?  

AT: Acho que qualquer trabalho com artes é, antes de tudo, um trabalho de frustração. O artista é, provavelmente, uma das pessoas que mais lida com rejeição durante a vida. Por isso é preciso, antes de tudo, acreditar no seu trabalho. Fazer o trabalho não pensando exatamente em um futuro glorioso, mas fazer pelo ato de fazer, pela paixão pessoal que aquilo alimenta. Com isso, consequentemente, o reconhecimento vai surgir.

HORÁRIO DE ATENDIMENTO FINAL DE ANO

$
0
0
HORÁRIO DE ATENDIMENTO FINAL DE ANO

Confira nossos horários especiais de atendimento no final do ano e programe-se para fazer sua inscrição ou visita!

Mesmo durante o recesso você pode fazer sua inscrição online, e tirar suas dúvidas através do nosso portal de autoatendimento.

Até 13/12 – Horário normal

De Segunda à Sexta-Feira das 08h30 às 21h30.
São Paulo: Aos Sábados das 8h30 às 14h.
Rio de Janeiro: Aos Sábados das 8h30 às 17h30.

De 14 a 22/12 – Plantão de atendimento

São Paulo: De Segunda à Sexta-Feira das das 11h às 20h com uma hora de almoço. Aos Sábados das 8h30 às 14h.
Rio de Janeiro: De Segunda à Sexta-Feira das 13h às 21h30 com meia hora de jantar. Aos Sábados das 8h30 às 17h30.

De 23/12 a 01/01/2017 – Recesso, não haverá atendimento no período

Não haverá atendimento e a escola estará fechada, responderemos todas as dúvidas a partir do dia 02/01.

Envie sua dúvida para:
São Paulo: atendimentosp@aicinema.com.br
Rio de Janeiro: atendimentorj@aicinema.com.br

A partir de 02/01/2017 – Horário normal

De Segunda à Sexta-Feira das 08h30 às 21h30
São Paulo: Aos Sábados das 8h30 às 14h.
Rio de Janeiro: Aos Sábados das 8h30 às 17h30.

RETROSPECTIVA 2016

$
0
0
RETROSPECTIVA 2016

Direção. Humor. Produção. Animação. Roteiro. Tecnologia. Crítica. Festivais. Esses são alguns dos assuntos que ganharam intensidade em 2016 na Academia Internacional de Cinema (AIC). O ano foi movimentado, com novos cursos, palestras com incríveis profissionais e participações de alunos e professores em festivais – uma contínua conversa sobre a prática do cinema que rendeu muitos novos filmes e inspirou quem passou por aqui.

CONVERSAS COM PROFISSIONAIS

Siga os links para saber mais sobre cada evento ou aula, ler alguns relatos, fotos, vídeos e entrevistas:

José Henrique - Foto: Divulgação

José Henrique – Foto: Divulgação

O ano começou com a Semana de Orientação, em fevereiro, evento gratuito e aberto ao público que, em São Paulo contou com a presença de Fernando Coimbra, diretor de “Lobo Atrás da Porta”, de Gabriel Mascaro, diretor de “Domésticas” e “Boi Neon”, Evaldo Mocarzel, diretor dos documentários “Mensageiras da Luz – Parteiras da Amazônia” e “Do Luto à Luta”, e no Rio de Janeiro com  Anita Rocha da Silveira, diretora de “Mate-me Por favor”, George Moura, roteirista de “Getúlio” e de “Gonzaga, de Pai para Filho”, e José Henrique Fonseca, diretor de “Heleno” e “O Homem do Ano”.

O novo curso de Roteiro de Humor (AIC-RJ), com grandes profissionais da área, rendeu também uma aula aberta via Facebook Live com os roteiristas do Casseta e Planeta (Helio de La Peña) e do Zorra (Gabriela Amaral, Haroldo Mourão e Ricardo Sarkis Alves).

Helio de la Pena - Foto: Divulgação

Helio de la Pena – Foto: Divulgação

O produtor Rodrigo Teixeira (de filmes nacionais e internacionais como “O Cheiro do Ralo”, “Alemão”, “O Casamento de Romeu e Julieta”, “Francis Ha”, “Mistress America”, “A Bruxa”) conversou com alunos e público nas duas unidades da AIC.

O grande James Schamus, roteirista e produtor que trabalhou com diretores como Paul Schrader, Sofia Coppola, e é um dos grandes parceiros de Ang Lee, para quem escreveu os roteiros de “Tempestade de Gelo” e “Aconteceu em Woodstock” e produziu o sucesso “O Segredo de Brokeback Mountain”, apresentou uma palestra para alunos e comunidade na sede da AIC do Rio de Janeiro.

Na metade do ano, a Semana de Cinema e Mercado em São Paulo (a edição do Rio não aconteceu por conta dos Jogos Olímpicos) recebeu o produtor Fabiano Gullane (“Carandiru”, “Que Horas ela Volta”, “O Lobo Atrás da Porta”), o grande crítico de cinema Rubens Ewald Filho, e dois profissionais da Cinecolor (Ariel Henrique e Samanta do Amaral), que falaram sobre suas especializações: áudio e cor.

Lauro Escorel, um dos mais icônicos diretores de fotografia do país (“Bye, Bye Brazil”, “Eles não usam black tie”, Toda nudez será castigada”), dividiu seus conhecimentos com a turma do curso de Direção de Fotografia Semestral, de São Paulo.

Mário Jannini, engenheiro eletrônico e diretor técnico da ARRI na América Latina, apresentou equipamentos cinematográficos de última geração para alunos do curso de Direção de Fotografia em São Paulo.

O animador brasileiro de Tim Burton, Matias Liebrecht, que se dividiu entre Rio e São Paulo para apresentar um workshop para os alunos da AIC.

Festivais, prêmios e alunos no mercado
Mostra Internacional - Foto: Divulgação

Mostra Internacional – Foto: Divulgação

Os festivais também estiveram presentes na agenda da AIC. Entre os festivais com filmes de professores e/ou alunos da AIC estão a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o Festival do Rio, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, o Festival de Brasília, o Festival de Gramado, a Mostra TiradentesFestival Internacional de Curtas de São Paulo, o Cine Fantasy, o Festival Latino Americano de São Paulo, a 7ª Brazilian Film Series de Chicago, nos Estados Unidos. Em cada um desses festivais nacionais, uma história, um filme, um papel na produção.

Alunos estiveram na 62ª edição do Festival de Oberhausen, na Alemanha, no My Rode Reel, no Festival Cinemística em  Granada, na Espanha; no Tlanchana Fest – Festival de Cine Y Arte Digital, no México; na Bienal Internacional de Vido Y Cine, no México, também; FECIBogtá – Feria Internacional de Cine Independiente de Bogotá, na Colômbia; teve gente na Suíça e até em Cannes. Apenas para citar alguns, numa lista difícil de montar, já que se espalha em colaborações e múltiplas funções nos sets e ao redor deles.

Dois professores foram finalistas do Prêmio Jabuti: Vanessa Pietro (professora de direção de atores do curso Filmworks/AIC-SP) na categoria Livro Infantil, e Fábio Weintraub (professor do curso de Criação Literária/AIC-SP) na categoria Poesia.

Atriz Maria Bopp em cena da série Me Chama de Bruna

Maria Bopp em “Me chama de Bruna” – Foto: Divulgação

Integrando equipes em sets, atuando em produtoras, distribuidoras, festivais, TV, encontramos alunos e ex-alunos nos mais diversos segmentos do mercado: dirigindo videoclipes de atores/músicos conhecidos, fazendo assistência de produção/direção de grandes projetos como a Vila Sésamo, escrevendo livro sobre Pasolini, estreando como atriz com sucesso arrebatador em série que retrata a vida de Raquel, antes de ficar nacionalmente conhecida como Bruna Surfistinha.

E você ficou com vontade de fazer parte dessa história? Ano que vem tem mais! Não fique de fora, participe!

A PERSISTÊNCIA FAZ UM FILME

$
0
0

“Agradeço a cada dia por ter nascido uma pessoa tão persistente”, diz a diretora e produtora Joana Nin, coordenadora do Curso de Produção Executiva para Cinema e TV da Academia Internacional de Cinema (AIC-RJ), também coordenadora de Fomento e Difusão da TVZERO e Produtora Executiva da Sambaqui Cultural.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Neste ano, Joana teve seu novo projeto, “É Proibido Nascer no Paraíso” entre os dois documentários selecionados para receber investimentos do Programa Brasil de Todas as Telas da ANCINE, financiado com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A competição em editais é acirrada, e produtores costumam inscrever seus projetos diversas vezes ao longo dos anos, enquanto vão aprimorando o conteúdo e o planejamento de produção – o que é bom para todo mundo, pois os projetos finais tornam-se melhor elaborados, tendendo assim a render melhores filmes.

Joana teve contato com o tema do documentário – restrição à gravidez em Fernando de Noronha – em 2010 e desenvolveu o projeto em 2013. Foram seis anos dissecando essa história e três de captação, o que para os padrões de produção documental não é tanto assim. Seu documentário anterior, o longa-metragem “Cativas – Presas pelo Coração”, (2013) teve um período de captação um pouco mais longo, levando cerca de sete anos até a finalização.

Cada filme é um longo mergulho, e nesta entrevista, Joana nos fala sobre suas braçadas para chegar até aqui, e sobre o tempo que passou conhecendo de perto os personagens reais de “É Proibido Nascer no Paraíso.”

AIC – Como você produziu seus primeiros filmes?

JOANA NIN – Foi uma caminhada longa: Debra Zimmerman, a fundadora da Woman Make Movies, uma distribuidora americana especializada em filmes dirigidos por mulheres, disse em uma palestra promovida no Rio de Janeiro em 2003, algo que nunca esqueci: os filmes mais difíceis de captar recursos são aqueles de mulheres sobre mulheres. Meu primeiro documentário foi feito em 2004, a ideia era de 2001 e fiquei 02 anos para captar, mas era um curta – “Visita Íntima” (2005). Depois, decidi aproveitar o tema e fazer um longa. “Cativas – Presas Pelo Coração” ficou pronto em 2013, desde 2006 eu buscava recursos para ele, foram sete anos. Nesse processo, aprendi muitas coisas e me dediquei a entender o mercado.

AIC – E como você buscou fundos para a realização de “É Proibido Nascer no Paraíso”?

JN – Com “Proibido Nascer no Paraíso”, o caminho foi um pouco mais curto. Conheci o tema em 2010, mas só formatei um projeto mesmo em 2013 porque estava mergulhada em Cativas antes disso. Fui selecionada e participei de dois importantes workshops internacionais: o do Instituto Tribeca e o PIC DOC, promovido pela BRAVI em parceria com o Sunny Side of the DOC. Estive com o projeto em mercados internacionais reconhecidos, Ventana Sur (Argentina), DocMontevideo (Uruguai) e IDFA FORUM (Holanda). Tentei duas vezes o edital de inovação de linguagem do FSA, o Prodecine 05, e aí entendi que o tipo de filme que estou propondo não se encaixa na visão de quem seleciona os filmes para esta linha – a comissão foi praticamente a mesma nas duas edições. Em 2015, o projeto foi finalista no edital do BNDES, de 08 docs que fizeram pitching, selecionaram 05 e o nosso ficou de fora.

AIC – O tema controverso teve algum peso nesse sentido?

JN – Enfrentei muita resistência pela polêmica inerente ao tema porque muita gente não compreende que a proibição efetiva de nascimentos na ilha não está tão relacionada com a preservação ambiental quanto pode parecer. Decidi então procurar uma distribuidora que percebesse o potencial do filme e me ajudasse a conseguir os recursos necessários para que ele se torne realidade. A Boulevard Filmes se propôs a estudar comigo o assunto, pesquisamos a receptividade de outros documentários com temas correlatos nos últimos anos e vimos que filmes sobre gravidez e parto tem muita empatia com o público. “O Renascimento do Parto”, de Eduardo Chauvet, e “O Olmo e a Gaivota”, de Petra Costa são nossas principais inspirações, neste sentido. Vimos que era possível e fomos mostrar isso ao comitê de investimentos do FSA na linha de fluxo contínuo, que recebe projetos propostos pelas distribuidoras. Eles foram sensíveis aos nossos argumentos e assim ganhamos o Prodecine 02 e viabilizamos a realização do filme. Agora farei honrar quem me apoiou fazendo um filme que acredito ser muito importante.

AIC – De onde surgiu a ideia para esse documentário?

JN – Estive em Fernando de Noronha em 2010 e uma vendedora de uma loja de artesanato comentou no meio de uma conversa que lá não nasciam bebês porque era “proibido”. Aquilo ficou ecoando na minha cabeça muito tempo e fui prestando atenção ao assunto pouco a pouco.

AIC – O que o tema significa para você?

JN – A questão feminina sempre me interessou. Acho muito curioso o fato das grávidas de lá acreditarem que não têm opção, que são realmente obrigadas a sair. Pesquisando entendi que de fato elas são, mesmo as mais resistentes. Mesmo sem ser oficialmente proibido – até porque não poderia haver uma lei neste sentido. Muitas de nós fomos vítima de violência obstétrica e nos damos conta muito tempo depois. Outras, nunca entenderão dessa forma o que sofreram no parto de seus filhos, mesmo que tenham acontecido situações diversas que desrespeitem o “plano de parto” da mulher. No Brasil, não se oficializa esse planejamento, como em outros países. Mas todas as mulheres grávidas se imaginam parindo de alguma forma, e isso deveria ser considerado e respeitado. Por outro lado, acho muito estranho que não se admita o parto, mas que a população da ilha tenha se multiplicado tanto nesses 12 anos sem nascimentos (apenas 01 criança nasceu lá nesse período). O fluxo migratório interfere no número de moradores, mas não na quantidade de nativos. E os nativos são como a população ribeirinha, têm direitos adquiridos e perpétuos. Considero essa reflexão fundamental, não apenas para Noronha, estamos falando da nossa terra e sua ocupação.

Proibido Nascer no Paraíso

Proibido Nascer no Paraíso

AIC – Houve algum empecilho por parte do poder público ou alguém para o desenvolvimento do projeto?

JN – Fomos em 2014 fazer pesquisa lá e percebi que não seria tão complicado abordar o assunto quanto eu imaginei, inicialmente, pois todo mundo quer falar disso e porque há 35/40 gestantes ano, ou mais. Ainda é cedo para contar do filme porque teremos que voltar lá na pré-produção para selecionar personagens e entender como o assunto avançou em dois anos. Pelas conversas à distância com pessoas que conhecemos em 2014 já deu para perceber que o tema está fervendo na ilha, o que é ótimo para o filme.

AIC – Há pouco tempo você ganhou outro edital para realizar mais dois projetos. Quais são eles?

JN – São dois telefilmes para o GNT pelo Prodav 01, outro edital do FSA de fluxo contínuo. Os projetos se chamam Meu Bebê Reborn e Ultra Bebê - ambos são documentários, mas não para sala de cinema, como o Proibido Nascer no Paraíso. Esses outros dois vão estrear direto na TV e terão 52 minutos. O Proibido Nascer é um longa-metragem com previsão de 75 minutos.

Estou livremente chamando esses três projetos juntos de “trilogia da maternidade”.

Sinopses:

Ultra Bebê 

Os exames sofisticados de imagens transformaram completamente a experiência da gestação nas últimas décadas. Até a década de 1940 a gravidez era um assunto familiar, feminino. Com a evolução das técnicas de ultrassonografia, a visualização do interior de um corpo grávido tornou-se um espetáculo, com consequências sociais e psicológicas. O bebê chega ao mundo com um gênero definido, nome, semelhanças genéticas identificadas previamente, comportamentos esperados, time de futebol e outras características construídas a partir de borrões cinza. O filme aborda a construção do relacionamento da mulher com o feto e da sociedade com o nascimento a partir desta intermediação médico-tecnológica.

Meu Bebê Reborn

A chegada de um bebê desperta sentimentos contraditórios, um amor incondicional associado aos medos e inseguranças pertinentes à responsabilidade de criar um filho para sempre. Esse documentário traz o dia a dia de mães que escolheram viver a maternidade de outra forma, criando, quase como se fossem de verdade, réplicas hiper-realistas de recém-nascidos vendidos a preços nada amigáveis. O documentário tem o curioso título de ‘Bebê Reborn’, ou ‘renascido’, em português e utiliza técnicas de cinema direto associadas a entrevistas para observar como vivem e o que sentem essas mulheres a fim de propor uma reflexão sobre a ideia socialmente constituída ‘fêmea – mãe’. Propõe ainda uma reflexão sobre o afeto e as formas femininas de amar.

AIC – Você poderia dar alguma dica ou conselho para àqueles que também estão buscando realizar seu projeto por meio de um financiamento público?

JN – Estudar o mercado, essa é a coisa mais importante que um produtor deve fazer se quiser viabilizar seus projetos. Aos diretores apaixonados pelo cinema, resta aprender a produzir, ou se associar a outras pessoas que tenham esse foco. Optei por fazer as duas coisas porque cinema é uma atividade coletiva, feita em equipe, mas que exige muito empenho do realizador. Uma ideia leva muitos anos para se transformar em um filme e nem sempre as parcerias sobrevivem a essa espera. Portanto, sou muito fiel aos companheiros de sempre – há pessoas da minha equipe que estão nela desde 2001, quando comecei a pensar em fazer cinema. Mas estou sempre aberta a novas parcerias porque nossa atividade é dinâmica e deve se reinventar a cada filme.

 

 

30 FILMES NA MOSTRA DE CURTAS AIC

$
0
0
30 FILMES NA MOSTRA DE CURTAS AIC

No dia 14 de dezembro, próxima quarta, a Academia Internacional de Cinema (AIC) apresenta, no Espaço Itaú de Cinema Botafogo, a Mostra de Curtas AIC/2016, que exibe os filmes produzidos na unidade do Rio de Janeiro durante o ano. São 30 novos curtas-metragens realizados por alunos do curso Filmworks, do curso Intensivo de Férias de Cinema, além do curta produzido por alunos de diversas áreas.

A exibição é gratuita. Contamos com a sua presença!

Confira abaixo a programação do evento:

PROGRAMAÇÃO

Sessão 1 – 17h30

Theo - Foto: Divulgação

Theo – Foto: Divulgação

Patinhos

Retratos

Moiru

Nas Mãos do Pecado

Theo

Sem Palavras

 

Sessão 2 – 19h

Contos de uma Noite Só - Foto: Divulgação

Contos de uma Noite Só – Foto: Divulgação

Nisiano

Quem Reza?

Contos de uma noite só

Sonho de Fumaça

Presente Grego

Ninho do Coelho

Um Instante

Saudação à Melancia

 

Sessão 3 – 21h

Domingo - Foto: Divulgação

Domingo – Foto: Divulgação

Peripécia

04:23

Mitomania

Segredos de Poder

Nina

Olhos Vivos

Domingo

04:20

 

Sessão 4 – 22h15

2016 - Foto: Divulgação

2116 – Foto: Divulgação

2116

AgNO3

O Retrocesso

Não Feche a Porta

Piano Forte

Lugar de Fala

Adenium

Quarta Parede

 

ONDE

Espaço Itaú de Cinema Botafogo – Praia de Botafogo 316 (Sala 3)
Dia 14/12 a partir das 17h30
99 lugares – sujeito à lotação da sala

Viewing all 104 articles
Browse latest View live